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19 de janeiro, 2022
“Eu estou tão cansado que não consigo descansar” ou “eu estou cansado o tempo todo, não aguento mais!”. Não está nada fácil encontrar alguém que não admita que está exausto, física e mentalmente. Opa, reparou como falamos de dois tipos de cansaço diferentes? Surpresa: também existem tipos de descanso diferentes.
Aliás, ainda existem diferentes tipos de cochilo, você sabia?
Mas hoje é de descanso que vamos falar. Porque está todo mundo precisando de um.
Em um TED Talk super viral, a médica e pesquisadora Dra. Saundra Dalton-Smith tem a resposta do porquê estamos todos tão cansados: é porque não sabemos descansar e acabamos confundindo não fazer nada com descanso.
Inclusive a Dra Dalton-Smith inclusive diferencia o sono do descanso. Não que o sono não seja importante para você descansar, ele é fundamental para dar um tempo para corpo e mente. Só que o descanso vai além e também é imprescindível quando estamos acordados, afinal nós não somos máquinas com botão de ligar e desligar.
“O resultado (da falta de descanso) é uma cultura de busca constante por resultados, alta produtividade e cansaço e burnout crônicos. Nós sofremos de um déficit de cansaço porque nós não entendemos o poder real do descanso”.
O descanso físico não é exclusivo para pessoas que se movimentam muito ou que correram uma maratona. Até quem trabalha o dia inteiro sentado precisa dar um descanso para o corpo e tirá-lo da posição estática e da má postura.
Por isso, o descanso físico pode ser:
O segundo dos tipos de descanso é o descanso mental. Claro, uma sessão de meditação ou tirar as suas merecidas férias são excelentes formas de descansar a cabeça, mas você não precisa (e nem deve) esperar por esses grandes momentos.
Também não precisa nem esperar o cérebro dar aquela “bugada” diária no meio da tarde. Enquanto estiver trabalhando ou estudando, programe pequenos descansos de 10 minutos a cada duas horas. Levante-se, passe uma água no rosto, alongue-se (olhe o descanso físico ativo!), faça um lanche.
Desconectar o WhatsApp à noite ou deixar o celular longe são outras boas dicas de descanso mental.
Tudo isso é o suficiente para o cérebro descansar e voltar bem melhor. Você não está “perdendo” 10 minutos, muito pelo contrário.
O chamado sensory overload ou sobrecarga sensorial é um problema tão atual quanto desprezado. Preste atenção ao seu redor: quantas informações você percebe sem nem mexer a cabeça? É possível que você esteja lendo esse texto enquanto come ou ouvindo uma música. Isso sem falar na notificação piscando no celular.
É muita informação ao mesmo tempo.
O descanso sensorial é desconectar de tudo por um tempo. Fechar os olhos por um par de minutos algumas vezes ao dia, em silêncio, é o suficiente.
Não sei quem precisa ler isso neste momento, mas aí vai: você não precisa ser produtivo o tempo todo.
Na lista de tipos de descanso, o descanso criativo é aquele que “recupera o fascínio e a magia dentro de cada pessoa“. Em outras palavras, é buscar a inspiração sem pressionar você mesmo para que ela apareça, ativamente (escutando uma música que você ama, por exemplo) ou passivamente (o famoso ócio criativo).
Dê tempo para o seu cérebro montar o quebra-cabeças que você não está conseguindo.
É proposital que o descanso emocional e o descanso mental estejam bem separados. Eles não são sinônimos.
O descanso emocional antes de mais nada é um ato de coragem, de saber que ninguém precisa carregar o peso do mundo nos ombros. Quem já viu a nova animação da Disney, Encanto, é o descanso que precisa a personagem Luísa.
Dê tempo para você mesmo processar as suas emoções e ser sincero sobre elas. Dizer não é uma possibilidade à qual você deve se abrir para realmente descansar.
Falando em coragem… O descanso social não é necessariamente sobre ficar sozinho (mas se você preferir, é sobre isso sim), mas de escolher o seu círculo.
Descanso social é você investir o seu tempo com as pessoas que fazem bem a você, que te dão energia e apoio moral. Isso ao mesmo tempo em que deixa de lado, mesmo que temporariamente, aquelas que te fazem mal. É sobre, mais uma vez, dizer não.
Na definição da Dra. Dalton-Smith, descanso espiritual é “a habilidade de se conectar além do físico e do mental e sentir o pertencimento, o amor, a aceitação e o propósito“.
Para pessoas religiosas, esse refúgio pode ser a própria religião. Para quem não é religioso, pode ser um voluntariado, algo que você sinta que faz bem para a alma.
Com certeza você pensou naquilo que é o descanso espiritual para você enquanto lia, mesmo que de maneira inconsciente.
Vai descansar! Porque até para dormir bem você precisa estar descansado.
Boa noite.
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