Melatonina: o hormônio do sono

Quando chega a noite, você sente sono, vai para o quarto e dorme. Simples, não é? Mas sabia que para você dormir acontecem alguns processos dentro do seu corpo? Exatamente! Na horinha da preguiça antes de cair na cama e até mesmo dormindo, nosso organismo não para. Em relação ao sono, um dos principais processos para que a gente sinta vontade de dormir é a produção de melatonina.      

O que é a melatonina?

A melatonina é mais um dos diversos hormônios do nosso corpo, que por sua vez são substâncias químicas que atuam em diferentes partes do corpo. Eles são como mensageiros que têm a responsabilidade de controlar e coordenar atividades em todo o corpo. No caso da melatonina, ela avisa a todo o corpo que já é noite, preparando-o para o sono. 

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Como acontece a produção e secreção de melatonina

A produção e secreção dos hormônios é feita pelas glândulas endócrinas, entre elas hipotálamo, hipófise, glândula tireoide, testículos (nos homens) e ovários (nas mulheres). A responsável pela melatonina é a glândula pineal, localizada no cérebro.

O gatilho para que ela produza o hormônio do sono é a escuridão. Nossos olhos são os informantes da glândula pineal. É através deles que ela sabe se é dia ou noite. Após produzida, a melatonina é secretada na corrente sanguínea e no líquido cefalorraquidiano (que envolve o cérebro e a medula espinhal). É dessa forma que ela consegue chegar a órgãos distantes.

Com o decorrer da idade, a secreção de melatonina pela glândula pineal acaba mudando. Este hormônio costuma ser secretado por volta do terceiro ou quarto mês de vida. Seu pico acontece quando temos entre um e três anos de idade. 

Após esse período, a produção tem uma leve diminuição para um nível que persiste durante o início da idade adulta. Por volta de 70 anos, o nível de melatonina é apenas um quarto ou menos do observado em adultos jovens.

O que prejudica a produção de melatonina

A produção de melatonina pode ser interrompida, dificultando as pessoas de pegarem no sono. Como falamos no tópico anterior, a luz é o gatilho para que o hormônio do sono comece a ser produzido e secretado. Os maiores inimigos da melatonina são as telas de celulares, TV e computadores. A luz desses aparelhos pode nos levar do estado de dormindo para acordado.

Deixando de preguiça pela manhã

Mas existe uma luz a qual devemos nos expor para interromper a produção de melatonina (na hora certa, claro). Estamos falando da luz do sol. Ela é uma grande fonte de energia para nos dar disposição logo pela manhã ao acordarmos, já que vai avisar ao cérebro que é hora de parar a produção de melatonina. 

Aquela preguiça que muita gente sente no começo do dia nos abandona rapidinho com esse “banho de sol”. Vale lembrar que você deve evitar a exposição direta ao sol das 10h às 16h. Nessa faixa de horas, a radiação ultravioleta é maior, promovendo queimaduras na pele e aumentando o risco de câncer de pele.

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Outros benefícios do hormônio do sono e sua outra versão

A melatonina não nos ajuda apenas a dormir. Ela tem propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e vasodilatadoras. Além disso, a melatonina também tem uma versão feita em laboratório que pode ser encontrada em farmácias. Mas não vá pensando em tomar a quantidade que desejar para dormir bem.

Caso você sinta que seu sono não está bom, converse com o seu médico sobre os seus sintomas e tire dúvidas sobre o uso da melatonina exógena (como é conhecida a melatonina de laboratório). O profissional de saúde vai indicar se há necessidade do uso do hormônio e qual a dose ideal.  É muito importante essa conversa com o médico, pois o uso de melatonina pode causar efeitos colaterais como cansaço ou sonolência diurna, dores de cabeça, náuseas e tontura.

Boa noite!