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24 de junho, 2024
O consumo de alimentos ultraprocessados cresceu no mundo todo e representa em torno de 50 a 60% da ingestão diária de energia em alguns países desenvolvidos. Nações menos desenvolvidas seguem os mesmos passos. No Brasil, uma pesquisa divulgada pela Universidade de São Paulo (USP) mostrou que a ingestão desses alimentos cresceu 5,5% em dez anos. Mas qual a relação com o sono?
Cuidar da alimentação também é cuidar do sono, afinal o que nós comemos pode muito bem definir se vamos dormir bem ou não. É por este motivo que devemos evitar uma dieta com alimentos ultraprocessados. Pesquisadores franceses perceberam uma relação entre este tipo de comida e a insônia.
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Sabe aquele refrigerante que você bebe nos aniversários? Ou aquele biscoito que você come todos os dias na hora do lanche? Eles são tipos de alimentos ultraprocessados, mais conhecidos como aqueles prontos para consumo. E não tem nada de muito nutritivo neles.
Os alimentos ultraprocessados costumam ser ricos em açúcar e gorduras e carentes de fibras e micronutrientes. Alguns exemplos desses tipos de alimentos são os já citados refrigerantes e biscoitos de pacote, além de doces e salgados, macarrão
instantâneo, alimentos prontos para aquecer, doces, balas, chocolates e embutidos como presunto e mortadela.
Os alimentos ultraprocessados já são conhecidos por estarem ligados a problemas de saúde, como diabetes, obesidade e câncer. Na pesquisa realizada por cientistas franceses, eles aparecem como responsáveis por causar insônia.
Os participantes do estudo relataram que consumiam aproximadamente 16% da energia do seu dia de alimentos ultraprocessados. Em torno de 20% deles relataram insônia crônica e afirmaram consumir uma porcentagem maior de energia dos alimentos ultraprocessados.
A insônia é um distúrbio do sono que pode nos impedir de dormir apesar de todas as circunstâncias adequadas para que possamos pegar no sono. Isso significa que ela não deixa de ocorrer, mesmo que você tenha o quarto ideal.
A insônia pode fazer com que você não consiga pegar no sono na hora que deveria ou acorde de madrugada (ou mais cedo do que de costume) e não consiga voltar a dormir. Este distúrbio do sono gera uma consequência diurna. A pessoa pode ficar muito cansada para exercer suas atividades, por exemplo.
Alguns alimentos que vão ajudar você a dormir melhor são aveia, farelo de cereais e castanhas em geral, como amêndoas, pistaches, nozes e castanha de caju, chás, arroz branco, salmão, feijão, amêndoas e banana. Mas não é só a dieta em si que proporciona um sono de qualidade.
A hora de comer é tão importante quanto aquilo que você come. Evite refeições muito perto da hora de deitar. O risco de refluxo acaba sendo muito maior, o que prejudica o seu estômago e a qualidade do sono. Caso você precise jantar mais tarde, escolha alimentos que são digeridos mais facilmente, como proteínas brancas, folhas verdes, caldos e sopas.
Não esqueça: uma alimentação saudável é importante não apenas para um sono de qualidade, mas para gerar benefícios para todo o organismo. Além disso, comer bem influencia em diversas atividades, como exercícios físicos.
O contrário também acontece: dormir mal faz você comer mal! Quando dormimos e acordamos muito tarde, tendemos a comer alimentos ricos em açúcar, gordura, sal e carboidratos.
Para uma dieta equilibrada, procure ajuda de um profissional nutricionista.
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A terapia cognitivo-comportamental é a forma não farmacológica que tem mais eficácia no combate a este distúrbio do sono. O tratamento da insônia também pode ser feito com medicamentos. As mudanças de hábitos são outras formas de combater este distúrbio do sono. Tudo que você precisa é de uma boa rotina de higiene do sono. Tudo que você precisa é:
Se você está sofrendo de insônia, comece procurando ajuda médica.
Boa noite!
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