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31 de maio, 2024
Jejum não é um assunto novo. Na verdade, existem diversas religiões que no decorrer da história adotaram a prática. Mais recentemente o jejum intermitente – um tipo específico de jejum – tem se tornado um tema popular, muito por conta da sua fama como uma solução para perder peso. Existem diversas pesquisas e discussões sobre suas vantagens e desvantagens.
Além da perda de peso, o jejum intermitente é apontado como responsável por melhorar o sono. Mas existe um outro lado. Essa prática também pode prejudicar o sono. Você deve ter ficado confuso, mas não se preocupe. Neste post vamos esclarecer a relação entre jejum intermitente e sono.
Fieis e seguidores de religiões como Cristianismo, Judaísmo, Islamismo, Hinduísmo e Budismo praticam o jejum. Os cristãos jejuam durante certos períodos da Quaresma. Os judeus fazem um jejum de 25 horas durante o Yom Kippur. Os muçulmanos jejuam do amanhecer ao pôr do sol durante o Ramadã. Eles se alimentam e bebem apenas durante a noite.
Mas você deve estar se perguntando qual a diferença entre jejum e jejum intermitente. De maneira geral, o jejum é apenas um período de tempo em que você fica sem comer. Já o jejum intermitente é um plano alimentar em que você alterna entre comer e não comer por um determinado período de tempo.
Diversos tipos de jejum intermitente já foram descritos na literatura científica. Alguns exemplos dessa prática são:
Alguns estudos já mostraram os benefícios do jejum intermitente para a saúde. Entre eles, a perda de peso, que é tão relacionada a essa prática. Outros benefícios do jejum intermitente são:
Mas os estudos ainda precisam ser aprofundados. Os efeitos a longo prazo do jejum intermitente precisam ser observados. Já se sabe que ele também pode causar desequilíbrio para a saúde se não for praticado da forma correta. As pessoas podem sentir dores de cabeça, falta de energia e fadiga, além de sofrer com desidratação, má nutrição e distúrbios do sono.
Duas pesquisas diferentes chegaram à mesma conclusão: o jejum intermitente causa maior perda de massa magra, e não de gordura. Esse resultado vai contra a crença de que essa prática seria boa para um emagrecimento saudável. O jejum intermitente também pode causar sobrecarga no pâncreas.
Melhora da qualidade do sono e mais disposição ao acordar: esses são alguns dos efeitos positivos que o jejum intermitente causa no sono. Quem jejua intermitentemente também pode sentir que têm mais energia e um foco melhor.
Esse efeito acontece porque o jejum aumenta a produção de orexina-A, um neurotransmissor ligado ao estado de alerta. Quem jejua têm níveis mais baixos desse neurotransmissor à noite e níveis mais elevados no decorrer do dia. Como consequência, elas ficam mais alertas durante o dia e têm um sono mais reparador.
Mas não vá inventar de fazer jejum como bem entender. Você pode acabar piorando o seu sono. Ao se alimentar em horários irregulares, especialmente tarde da noite, você pode aumentar a temperatura do seu corpo. Esse efeito é oposto do que se deseja quando queremos dormir. O corpo deve esfriar.
Uma alimentação pesada perto da hora de dormir pode exigir que seu sistema digestivo trabalhe muito quando na verdade deveria estar “descansando” e dificultar que você pegue no sono, o que vai prejudicar a qualidade do seu descanso.
Se você quer fazer o jejum intermitente, cautela tem que ser a sua prioridade. Converse com um nutricionista ou médico. Essa prática deve seguir de acordo com seus objetivos e ser muito bem orientada, além de respeitar seus limites.
Boa noite!
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