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12 de outubro, 2022

Quais os efeitos da meditação no cérebro

Quais os efeitos da meditação no cérebro

Já faz algum tempo que a meditação deixou de ser vista como uma prática religiosa ou exótica. É muito comum conhecer alguém que medita (de repente, você é essa pessoa). Mas por que a prática se tornou tão popular? Os efeitos da meditação estão relacionados à melhora de doenças como depressão, estresse e ansiedade. A prática é até recomendada como um tratamento alternativo para esses distúrbios.

Durante o primeiro ano da pandemia do coronavírus, durante a qual as pessoas precisaram ficar isoladas em casa, a Organização Mundial da Saúde (OMS)  apontou que existiu um aumento de 27,6% nas ocorrências de transtorno depressivo grave e 25,6% nos casos de transtorno de ansiedade. A busca pela prática da meditação aumentou em 45% no período de isolamento social, o que comprova o conhecimento das pessoas sobre seus benefícios.

Mas qual a mágica por trás dessa prática? Quais são os efeitos da meditação no cérebro que a tornam uma alternativa interessante para melhoria da saúde mental? A ciência já tem algumas respostas. Só que antes de chegar nas respostas dessas perguntas, é preciso conhecer melhor o conceito de meditação e seus benefícios para o corpo e a mente.

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O que é meditação? 

Se para você meditação é sentar de pernas cruzadas e olhos fechados, então acertou um pouco. A prática tem algumas técnicas que podem variar a postura. Mas no geral, a meditação tem como objetivo a integração entre o corpo e a mente. Ela ajuda no bem-estar físico e emocional.

Os diferentes tipos de meditação envolvem a manutenção do foco mental em uma sensação específica, que pode ser a respiração, um som, uma imagem visual ou um mantra. Outras formas de meditar incluem a prática da atenção plena, conhecida como mindfulness, que consiste em manter a consciência no presente.

Quais os efeitos da meditação?

Os efeitos da meditação são físicos e emocionais. A prática  ajuda na regulação da pressão arterial, frequência cardíaca e regulação do sangue. Ela também pode aliviar dores. Em relação ao sono, meditar se mostrou uma prática eficiente para ajudar quem sofre de insônia.

Em relação à saúde mental, a meditação se mostrou como um tratamento eficaz para casos de depressão, ansiedade e estresse. Uma análise feita com participantes que sofriam de distúrbios psiquiátricos comparou as abordagens de mindfulness com nenhum tratamento e com tratamentos estabelecidos, como terapia cognitivo-comportamental e medicamentos antidepressivos.

O estudo, que contou com o apoio do Centro Nacional de Saúde Complementar e Integrativa (NCCIH), principal agência do governo dos Estados Unidos para pesquisas científicas, incluiu mais de 12.000 participantes. Os pesquisadores descobriram que, para o tratamento de ansiedade e depressão, as abordagens baseadas em mindfulness eram melhores do que nenhum tratamento e funcionavam tão bem quanto as terapias baseadas em evidências.

O que muda no seu cérebro quando você medita?

Os efeitos da meditação no cérebro ainda são alvos de diversos estudos. Pesquisadores da Universidade de Harvard descobriram que as mudanças na atividade cerebral de pessoas que aprenderam a meditar permaneceram estáveis ​​mesmo quando elas não estavam meditando.

Os cientistas usaram um tipo de ressonância magnética que tirava fotos do cérebro e registrava atividades do órgão para entender os efeitos da meditação. O exame ainda detectou mudanças nos padrões de ativação cerebral, especialmente da amígdala, região do cérebro associada a processos emocionais.

Outro estudo também de Harvard mostrou que o mindfulness diminui o volume de células cerebrais na amígdala. Essa alteração coincidiu com relatos dos participantes da pesquisa sobre seus níveis de estresse, indicando que a meditação além de alterar o cérebro, muda a percepção que temos de nós mesmos. 

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Já cientistas da Universidade de Los Angeles descobriram que pessoas que meditam há muitos anos mantêm o cérebro mais bem preservado à medida que envelhecem quando comparado a quem não é adepto da prática.  Os participantes da pesquisa que meditavam em média há 20 anos tinham mais volume de massa cinzenta, responsável, em resumo, pelo processamento de informações, linguagem e movimento voluntário.

Mesmo com todos esses benefícios da meditação para o corpo e a mente, se você já faz algum tratamento de saúde, não o interrompa por conta própria. Depressão, ansiedade e estresse são problemas sérios que devem ser acompanhados por profissionais de saúde. Sempre converse com o seu médico.

Se você procura meditar, aqui no Persono temos meditações guiadas nos nossos canais do YouTube e Spotify que vão te ajudar a dormir. Dê o play e tenha uma boa noite!

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