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09 de setembro, 2022

Como a gamificação pode gerar hábitos saudáveis

Como a gamificação pode gerar hábitos saudáveis

A palavra gamificação pode soar estranha para quem nunca a ouviu. É que ela acabou se tornando uma tradução do vocábulo inglês gamification. Mas muito mais do que uma  palavra, a gamificação é um conceito muito utilizado hoje em dia por empresas e instituições de ensino.

E se você relacionou gamificação a game (que significa jogo em inglês), acertou. A base do conceito tem relação com os jogos eletrônicos. Só que o uso prático da gamificação não significa jogar games. Se você imaginou colaboradores de empresas e estudantes se divertindo com Mario Bros., Sonic ou Pokémon durante o expediente e horários de aula, se enganou. 

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O que é gamificação

Gamificação é o uso de elementos de jogos em contextos que não são jogos. Os amantes de videogame conhecem bem a fórmula. Jogadores precisam passar de fases, conquistar pontos e derrotar “chefões”. 

Cada nível ultrapassado gera empolgação e um gostinho de vitória. O objetivo das empresas ao adotar a gamificação é justamente usar a sensação de evolução para manter as pessoas engajadas. Elas pegam o conceito de jogos e aplicam nos seus produtos e serviços.

Quem pode se beneficiar

Por ser uma metodologia que promove o engajamento, a gamificação geralmente tem sido implementada para promover mudanças de comportamento ou apoiar comportamentos positivos em diferentes áreas. Saúde, bem-estar, transporte, cultura e turismo são alguns setores que se beneficiam da gamificação.

Dois exemplos práticos do uso da metodologia nessas áreas são os aplicativos Waze e Duolingo. O primeiro é um GPS no qual as pessoas podem reportar problemas de trânsito, ajudando outros motoristas. Quem compartilha informações, ganha pontos. O Waze tenta estimular o senso de que um motorista pode ajudar o outro.

Já o Duolingo usa a gamificação no ensino de idiomas. Cada nível de aprendizado – básico, intermediário e avançado – é como se fosse a fase de um jogo. Ao passar por cada etapa, o estudante ganha medalhas. Se cometer erros, ele perde vidas. 

A gamificação e os hábitos saudáveis

Em relação a saúde, a gamificação surge com a proposta de motivar mudanças de comportamento de forma que as pessoas passem a adotar hábitos mais saudáveis. Um grupo de pesquisadores da Austrália e do Reino Unido avaliaram uma série de estudos sobre o uso dessa metodologia aplicada ao bem-estar.

Foram analisados 19 artigos que relatam evidências sobre o efeito da gamificação na saúde e bem-estar. Entre eles, em torno de 59% relataram efeitos positivos. Os pesquisadores concluíram que a gamificação pode ter um impacto positivo na saúde e bem-estar, particularmente nos comportamentos de saúde.

Um outro estudo feito por pesquisadores norte-americanos testou como a gamificação poderia ajudar a diminuir o sedentarismo e como consequência evitar a mortalidade por doenças do coração, por exemplo. Nos Estados Unidos, mais de 80% de todos os empregos são predominantemente sedentários.

Os cientistas trabalharam com pessoas na faixa dos 21 aos 65 anos que declararam ficar 75% dos seus dias trabalhando sentados. Eles foram divididos em dois grupos. O primeiro usou um relógio de medição de passos e o segundo o mesmo relógio “gamificado” com uma plataforma de saúde. 

Ao analisar o resultado do estudo, os pesquisadores perceberam que o grupo com o relógio gamificado aumentou seus passos diários em 2092 passos por dia em comparação com o outro grupo.

+ Leia Mais: Mindfulness: o que é e como ajuda no sono

O sono também ganha com a gamificação

No Brasil, as pessoas não cuidam bem do sono. A pesquisa Acorda, Brasil!, realizada pelo Persono, mostrou que 62% dos brasileiros dormem mal. Com o objetivo de ajudar as pessoas a dormir melhor, a gamificação também ganhou espaço no sono.

O aplicativo do Persono também usa a gamificação para auxiliar as pessoas a dormirem bem. O app recompensa quem atinge os objetivos que definem uma boa noite de sono. Por cada noite dormida, as pessoas podem ganhar uma estrela de ouro, prata ou bronze. Para ganhar a estrela dourada é preciso:

  • Dormir o total de horas ideal que a pessoa considera ideal para que a noite de sono seja restauradora;
  • Dormir e acordar na hora definida pela própria pessoa no aplicativo;
  • Levar de 10 a 30 minutos para dormir.

Um grupo de pesquisadores turcos testou os efeitos da gamificação no sono. Eles queriam ver se a metodologia era capaz de alterar os horários de acordar e dormir das pessoas para que elas tivessem noites de sono melhores. Para isso foi desenvolvido um aplicativo com duas versões: uma com base em gamificação e outra sem.

Os participantes da pesquisa foram divididos em dois grupos. Os que usaram o aplicativo com a metodologia de gamificação mostraram mais disposição para começar o dia nos horários exigidos. Eles também fizeram as modificações que desejavam nas suas horas de acordar e dormir.

Mesmo com a possibilidade de melhoria da qualidade de vida e do sono ao usar aplicativos ou produtos que aplicam a metodologia de gamificação, o Persono sempre reforça que se as pessoas tiverem quaisquer dúvidas sobre sua saúde, não deixem de consultar um médico. 

Boa noite!

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