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26 de outubro, 2022
Cerca de 5 milhões de pessoas no mundo convivem com o lúpus, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde. A doença se tornou destaque na mídia por causa de algumas celebridades. As cantoras norte-americanas Selena Gomez e Lady Gaga, por exemplo, declararam ter lúpus. Só nos Estados Unidos aproximadamente 1,5 milhões de pessoas convivem com a doença.
No Brasil, em torno de 65 mil pessoas têm lúpus. Mas o que essa doença tem a ver com o sono? E por que ela é preocupante? Para entender melhor a relação entre lúpus e o sono vamos explicar aqui nesse post o que é esse problema de saúde, quem é mais afetado por ele, quais são os sintomas e como a doença se desenvolve.
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Na definição da Fundação Lúpus da América, o lúpus é um problema de saúde crônico que pode causar inflamação e dor em qualquer parte do corpo. Ele é classificado como uma doença autoimune, ou seja, afeta o sistema imunológico fazendo com que ele ataque o corpo ao invés de realizar sua proteção (o que é sua função natural).
Por afetar muitas partes do corpo, o lúpus pode causar sintomas diferentes. Em geral, a doença se manifesta na pele, juntas e órgãos internos, como rins e coração. Quem convive com a doença pode apresentar todos os sintomas ou apenas alguns. Os mais comuns são:
Se você apresenta todos ou alguns desses sintomas, procure um médico. Os reumatologistas são os mais indicados para investigar e diagnosticar lúpus. De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, os sintomas podem surgir de forma lenta e progressiva (em meses) ou mais rapidamente (em semanas) e variam com fases de atividade e de remissão.
O lúpus pode se manifestar em qualquer pessoa, mas alguns grupos correm maior risco de apresentar o problema de saúde. São eles:
Quando as pessoas falam sobre a doença geralmente se referem ao lúpus eritematoso sistêmico (LES), que é a forma mais comum (é a que afeta Selena Gomez e Lady Gaga). Mas existem também outros três tipos:
A Sociedade Brasileira de Reumatologia explica que a causa do LES não é conhecida, mas fatores genéticos, hormonais e ambientais participam de seu desenvolvimento. Pessoas que nascem com susceptibilidade genética para desenvolver a doença, por exemplo, podem passar a apresentar alterações imunológicas em algum momento depois de interagir com fatores ambientais (irradiação solar, infecções virais ou por outros micro-organismos).
A principal mudança é o desequilíbrio na produção de anticorpos que reagem com proteínas do próprio organismo e causam inflamação em diversos órgãos como pele, mucosas, pleura e pulmões, articulações, rins, etc.
Dados da OMS indicam que, no mundo todo, 90% das pessoas com lúpus são mulheres. Pesquisadores norte-americanos e canadenses investigaram a relação entre o desenvolvimento do LES nelas e a falta de sono.
Os cientistas avaliaram dados de 186 mil participantes. Mulheres que relataram dormir diariamente 5 horas ou menos foram diagnosticadas com LES em mais que o dobro da taxa observada nas participantes que geralmente dormiam de 7 a 8 horas.
A pesquisa também identificou que o risco de desenvolver LES foi maior entre as mulheres que declararam sofrer de dor corporal e depressão. No Brasil, acredita-se que uma em cada 1.700 mulheres tenha a doença. Já nos Estados Unidos, de cada 10 pessoas com lúpus, 9 são do sexo feminino.
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De acordo com o Ministério da Saúde, ainda não existem formas conhecidas de prevenir o lúpus, pois as causas da doença ainda não são totalmente conhecidas. Também não há vacinas. O indicado é evitar gatilhos para o lúpus se desenvolver. É fundamental ter hábitos, estilo de vida e alimentação saudáveis, evitar exposição ao sol e cuidar da saúde regularmente.
Os cientistas responsáveis pela pesquisa feita com as mulheres também sugerem investimento em um sono de qualidade para prevenir a doença. Então, não deixe de dormir bem. Lembre-se que para os adultos, a National Sleep Foundation recomenda de 7 a 9 horas de sono.
Boa noite!
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