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09 de novembro, 2022
De vez em quando é revelado alguma informação sobre a família real britânica que pode se tornar um escândalo ou uma situação engraçada. Pouco depois da morte da rainha Elizabeth II, algumas curiosidades sobre seu sucessor e primogênito, o rei Charles III, foram surgindo. Páginas divulgadas de uma biografia do monarca afirmam que ele dormia com um urso de pelúcia até a fase adulta.
O rei Charles III não está sozinho. Entre os britânicos, 34% dos adultos ainda dormem com um brinquedo de pelúcia todas as noites. Os números foram levantados pela empresa Hotpoint, uma fabricante de eletrodomésticos do Reino Unido. A empresa procurou saber detalhes sobre o relacionamento dos adultos com seus ursos de pelúcia.
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Enquanto 34% dos adultos ainda dormem com um brinquedo de pelúcia todas as noites, 15% admitiram que simplesmente não conseguem pegar no sono sem eles. Entre os entrevistados, 9% prefere dividir a cama com o bichinho ao invés do próprio parceiro ou parceira.
A relação com o brinquedo vai além do momento de dormir. Quando estão chateados, 17% dos entrevistados afirmaram que ainda dão abraço no ursinho de pelúcia. A pesquisa descobriu outros comportamentos interessantes:
A imagem de um adulto dormindo com um brinquedo fofinho pode até parecer engraçada para algumas pessoas. Mas você sabia que o hábito é benéfico para a mente?
Quem convive com crianças sabe que é comum encontrar no quarto delas bichos de pelúcia. No Brasil, o costume de ter esse tipo de brinquedo é retratado até mesmo nos quadrinhos.
A famosa Mônica, da Turma da Mônica, aparece quase sempre acompanhada de seu coelho de pelúcia, batizado por ela de Sansão. Algumas das histórias mostram inclusive a personagem brigando com seus amigos Cebolinha e Cascão quando eles escondem o bichinho.
Na vida real, a companhia de um urso de pelúcia tem efeitos benéficos para quem sofre com baixa autoestima. Uma pesquisa realizada pela Universidade Livre de Amsterdã mostrou que o hábito de abraçar um brinquedo macio faz com que essas pessoas se sintam aliviadas de suas ansiedades em torno da morte.
Para as crianças, o urso de pelúcia é um item que ajuda a desenvolver e manter hábitos de sono. Pesquisadores norte-americanos conversaram com crianças em idade escolar e perceberam que elas apontavam este tipo de brinquedo como um item essencial para a hora de dormir. Os pequenos afirmaram que o urso de pelúcia proporciona conforto e apoio físico e emocional quando precisam deitar para pegar no sono.
Tão importante quanto os benefícios é a higiene dos bichinhos de pelúcia. Apesar de fofinhos, eles juntam ácaros e germes que podem ser prejudiciais para seus donos e outras pessoas que acabam tendo contato com o brinquedo.
Alguns bichos de pelúcia vêm com instruções de lavagem na embalagem ou etiqueta. Você pode seguir o passo a passo delas. Uma forma segura de deixar o brinquedo da sua filha ou seu filho limpo é lavando a mão.
Caso você decida lavar na máquina, retire do bicho tudo que pode ser desmanchado durante a lavagem. Escolha o ciclo suave. Coloque o urso de pelúcia dentro de um saco protetor ou fronha.
O tempo ideal para lavar os bichos de pelúcia é a cada seis meses ou menos, dependendo do estado do brinquedo.
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Sua filha ou seu filho pode se apegar a um urso de pelúcia, cobertor, paninho ou até mesmo a uma parte do corpo. Esse é o chamado objeto de transição, muito comum entre as crianças. Algumas podem até não ter um e as duas situações são normais. Os objetos de transição ajudam as crianças a fazer a transição emocional da dependência para a independência.
É importante deixar claro que estes itens não são um sinal de que seu filho ou sua filha é fraco ou inseguro. E como vimos no post, ele pode ser útil durante o ritual noturno para dormir.
É comum ver a criança com seu objeto de transição até mais ou menos os 5 anos de idade. O chefe da área de Pediatria do Hospital Infantil da Universidade de Vermont, nos Estados Unidos, Lewis First, explica em um post para o blog da instituição que os pais não devem se preocupar com o item de apego escolhido por seu filho ou filha desde que não atrapalhe o desenvolvimento de habilidades sociais e de linguagem.
No caso de dúvidas sobre a relação da criança com o objeto de transição ou a percepção de que ele pode estar sendo prejudicial, os pais devem procurar um psicólogo.
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