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24 de maio, 2021
Sabe aquele período que muita gente chama de “fritar” na cama? Quando você fica virando de um lado para o outro, esperando “o sono chegar”? Pois bem, este período, que muita gente considera uma tortura, tem nome: latência do sono.
Mais do que apenas uma “expressão difícil”, a latência do sono é um processo importante pelo qual passamos todos os dias e que a medicina e a ciência estudam com cuidado.
Latência do sono é o tempo que uma pessoa leva entre apagar as luzes e efetivamente começar a dormir. Em outras palavras, é o tempo que se leva para passar do estado acordado para o estado dormindo, como determinado pela polissonografia.
Ao contrário do que muita gente acredita, as evidências científicas de que a latência do sono muda significativamente de acordo com a idade são poucas e inconsistentes, mas alguns estudos apontam para uma progressão lenta com a idade. A maior diferença é vista entre os jovens adultos e os idosos.
O que, sim, influencia o tempo que uma pessoa leva para dormir são as suas atividades durante o dia. É aquela sensação de que, quando você está cansado, cai no sono mais rapidamente. Ela é real.
Por outro lado, distúrbios como a ansiedade ou o cansaço psicológico podem aumentar a latência do sono. Por isso é importante, para quaisquer pessoas, relaxar antes de dormir. Isso garante um processo de transição mais rápido e, assim, aumenta as chances de um sono de qualidade. É o que vamos explicar a seguir.
Você deve estar se perguntando porque o tempo que uma pessoa leva para dormir é tão importante. Por que me preocupar com o tempo que eu passo acordado na cama? A resposta está nas fases do sono.
Todas as quatro fases, sendo elas REM ou não-REM, são diretamente impactadas pela latência do sono. Quando uma pessoa consegue fazer a transição para o estado dormindo em tempo adequado, tem mais chances de fazer uma progressão de qualidade por todos os estágios. Consequentemente, acaba-se aproveitando melhor o sono profundo e seus benefícios, tais como reforço na imunidade, restauração muscular e relaxamento de corpo e mente.
Não, você não leu errado. De fato, muitas vezes dormir rápido demais não é sinônimo de saúde do sono.
É evidente que, nos dias em que se está mais cansado ou doente, é normal cair no sono mais rapidamente. Mas se você é, ou conhece alguém que seja, do tipo “encostou dormiu” em qualquer lugar, a qualquer momento e em qualquer horário, fique atento: pode ser sinal de um distúrbio do sono. Mais especificamente narcolepsia ou hipersonia idiopática.
Ambos são enquadrados na categoria de “hipersonias”, termo guarda-chuva que abrange diferentes condições nas quais a pessoa dorme mais do que o usual e/ou se sente excessivamente sonolenta durante o dia, gerando prejuízos reais para a sua rotina.
A narcolepsia tem como principal característica ser uma sonolência tão intensa que, em alguns casos, pode fazer uma pessoa adormecer em meio a situações cotidianas ou perigosas. Estima-se que ela atinja menos de 65 pessoas a cada 100 mil no mundo.
Já a hipersonia idiopática é marcada pela necessidade permanente de sono, necessidade essa que não é resolvida nem dormindo uma boa noite ou tirando cochilos ao longo do dia.
É importante alertar que, o fato de uma pessoa dormir muito rápido, não quer dizer necessariamente que ela tem um desses distúrbios do sono, até porque ambos são caracterizados por situações diurnas, mas vale a pena investigar.
Para isso existe o Teste de Latências Múltiplas do Sono, exame diurno geralmente realizado após uma noite de polissonografia. O paciente fica deitado em uma sala escura e silenciosa e passa por cinco registros polissonográficos de 20 minutos cada, nos quais ele pode cochilar. Cada registro é espaçado em duas horas.
O número mágico que representa o tempo ideal entre desligar as luzes e dormir não existe. Ou seja, não existe a latência do sono perfeita. Mas existe um limite: 30 minutos.
Esse é, aliás, um dos critérios na definição de dormir bem: que não se leve mais de meia hora para cair no sono. Se você perceber que está demorando muito, a dica mais dada pelos médicos do sono é simplesmente levantar- se da cama e fazer alguma atividade relaxante. Vale uma leitura à meia luz, algum exercício de relaxamento, uma meditação. Evite apenas a exposição excessiva à luz, o que inclui eletrônicos.
Quanto mais tempo você passa se revirando na cama sem conseguir dormir, pior. O cérebro começa a associar o colchão à ansiedade e cria-se um ciclo vicioso de sono ruim.
Com a tecnologia, é possível saber exatamente quanto tempo você está levando para dormir. Monitores do sono, como o travesseiro com tecnologia Persono, são capazes de identificar a latência do sono de uma pessoa, mesmo quando ela se refere a um despertar noturno que muitas vezes nem sequer acaba sendo percebido.
A tecnologia do Persono ainda tem uma vantagem: ela é frictionless, ou seja, ela está no travesseiro mas você nem percebe, ao contrário de outros gadgets que monitoram o sono pelo pulso.
E mais uma dica: fique atento para não acabar usando essa informação remoer o seu próprio tempo na cama e gerar ainda mais ansiedade na hora de dormir.
Relaxe. É necessário. Bom sono.
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