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23 de abril, 2021
A apneia do sono é um distúrbio do sono caracterizado por padrões de respiração irregulares durante a noite, fazendo com que uma pessoa pare de respirar por alguns instantes ou respire menos profundamente do que deveria enquanto dorme.
Essas falhas no fluxo de ar podem ser tão breves que o paciente nem sequer chega a ter consciência de que elas acontecem, o que não quer dizer que ele seja menos prejudicado por isso. Mas a apneia do sono tem tratamento, e dependendo do caso, ele se chama CPAP.
Antes de falar sobre o CPAP, precisamos entender mais alguns dados sobre a apneia obstrutiva do sono.
Esse é um distúrbio que atinge cerca de 30% da população de São Paulo e é o segundo mais comum na cidade, atrás apenas da insônia. Esse número, porém, é apenas uma estimativa. Isso porque, de acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, de 85% a 90% dos casos nunca são diagnosticados.
Alguns dos motivos para isso são as pessoas não discutirem o seu sono com seus médicos de confiança e também porque as pessoas “se acostumam” a dormir mal e acordar sem energia. Normalmente, associamos isso a um período de stress ou simplesmente dizemos “que sempre dormimos assim”. Isso não está certo.
É preciso falar mais sobre sono, sobretudo com profissionais de saúde, que poderão indicar o caminho certo para o diagnóstico e tratamento de um potencial distúrbio.
CPAP é a sigla em inglês de Continuous Positive Airway Pressure ou Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas em português. Essa forma de tratamento existe há aproximadamente 40 anos.
Como o próprio nome indica, o CPAP é um aparelho que gera uma pressão de ar contínua diretamente nas vias áreas da pessoa que sofre de apneia enquanto ela dorme, evitando os episódios de interrupção de fluxo de oxigênio e “engasgadas”, que acontecem com alguns pacientes.
Muitas vezes o CPAP já é a primeira linha de tratamento seguida após o diagnóstico, feito por meio de um exame de polissonografia. Os resultados já são perceptíveis na primeira noite.
Muitos pacientes que apresentam apresentam quadros de apneia também sofrem de insônia. O uso adequado do CPAP acaba influenciando neste caso também e diminuindo os sintomas da dificuldade de dormir e/ou se manter em estado de sono.
O CPAP em si é uma máquina com um motor de compressão que gera um fluxo de ar pressurizado que é purificado diretamente na boca e/ou nariz da pessoa com diagnóstico de apneia do sono. A pressão de ar a ser aplicada varia de paciente para paciente.
O fluxo consegue impedir a obstrução das vias aéreas, permitindo que o oxigênio chegue plenamente aos pulmões, sem interrupções.
Para isso existem dois tipos de CPAP: o de pressão automática e o de pressão fixa. Enquanto o primeiro monitora continuamente a respiração e se adapta para oferecer a pressão terapêutica adequada a cada instante, o segundo tem a pressão de ar contínua em uma taxa fixa.
Além do motor, o CPAP também inclui:
O vídeo abaixo, em, inglês, explica o funcionamento de todo esse conjunto de peças.
O tratamento adequado para cada caso de apneia do sono só pode ser definido por um médico e varia de caso a caso. O CPAP não é o único tratamento existente e, em alguns casos, nem sequer é indicado.
É o caso, por exemplo, de pessoas com claustrofobia, que podem não se sentir confortáveis com uma parte do rosto tampada durante a noite. A máscara pode não ser adequada também para pessoas com distúrbios de ansiedade, com episódios frequentes de sangramento e congestão nasal, entre outros casos.
Alguns dos outros tratamentos para casos de apneia obstrutiva são:
Lembre-se que apenas um médico, munido dos devidos exames hospitalares, pode fazer um diagnóstico efetivo da apneia do sono e, consequentemente, indicar o melhor tratamento para cada caso.
Se você está sentindo algum dos sintomas de apneia, busque um especialista para conversar sobre a possibilidade de uma polissonografia. Caso você já tenha o distúrbio diagnosticado e o tratamento atual não tenha sido efetivo, você também deve procurar um médico.
Boa noite, respirando bem.
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