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29 de março, 2022
Em 2020, ano que marcou o início da pandemia de Covid-19, 576,6 mil pessoas foram afastadas do trabalho por problemas e transtornos de saúde mental. Esse número representa um aumento de 26% em relação a 2019, aumentando ainda mais a discussão sobre a saúde mental no trabalho.
No mesmo período, quase dobrou a concessão de auxílio-doença por transtorno depressivo recorrente (com episódio atual grave com sintomas psicóticos).
Por isso, precisamos falar mais sobre saúde mental. Seja saúde mental no trabalho, em casa ou em qualquer lugar.
De acordo com a Previdência Social, em 2021 mais de 75 mil brasileiros sofreram afastamento do trabalho por conta de quadros de depressão. Esse número se refere àquelas pessoas que receberam benefícios previdenciários, ou seja, cujo tempo afastado foi longo.
A depressão representa 37,8% das licenças médicas por transtorno mental no Brasil, o que faz dela o transtorno que mais afasta trabalhadores no país, ao lado da ansiedade. Esse é um problema aqui e no resto do mundo.
Um relatório da britânica Capita, reproduzido pelo ENAP, mostrou que 79% das pessoas relataram ter sofrido estresse no trabalho no último ano. E pior: quase metade das pessoas acham que é normal sentir stress e ansiedade no trabalho.
De acordo com um estudo de 2019 da organização Mental Health America, 55% das pessoas têm medo de tirar um dia de folga no emprego para cuidar da saúde mental, enquanto quase 70% acham melhor não levantar a voz sobre este assunto para os seus empregadores.
Se há medo de falar sobre saúde mental no trabalho, este é só mais um motivo para falarmos sobre saúde mental no trabalho. Inclusive para as empresas, uma saúde mental ruim fez a economia mundial perder 1 trilhão de dólares. Palavra da Organização Mundial da Saúde.
Em seu site dedicado à saúde mental, a OMS diz que um ambiente de trabalho saudável pode ser descrito como aquele no qual “os trabalhadores e gestores ativamente contribuem para a promoção da saúde, segurança e bem estar de todos os envolvidos“.
Ela também mostra como, às vezes, por mais que as empresas trabalhem para ter um ambiente saudável, o encontro de “má influências” pode prejudicar as pessoas.
Por exemplo: um funcionário recebe uma tarefa para a qual ele é totalmente competente. Sem estresse, certo? Não necessariamente. Ele pode não ter os recursos necessários, ou ser forçado a cumprir muitas horas extras para completar a tarefa, ou ainda ter que lidar com um chefe com características de micromanaging.
Os cuidados com a saúde mental no trabalho devem ter três pilares, de acordo com a OMS:
Nesse sentido, o Fórum Econômico Mundial também tem uma série de recursos online para as empresas. Entre eles, uma espécie de passo a passo que as companhias podem seguir para criar um ambiente saudável:
O mais importante, porém, é que a rede de apoio precisa ser real, não apenas porque “precisa ter”.
Antes das grandes ações, vêm as pequenas, aquelas do dia a dia que realmente pesam na criação de um ambiente mentalmente saudável, desde a flexibilidade até programas de desenvolvimento de carreira, que ajudam na criação de um sentimento de pertencimento, passando pela promoção da produtividade saudável.
Se você não está se sentindo bem, procure ajuda. Sempre é tempo para cuidar da sua saúde mental. Em casa, no trabalho, na lua, em qualquer lugar.
Boa noite.
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