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24 de julho, 2023

Síndrome de Kleine-Levin: o que é, como diagnosticar e qual o tratamento

Síndrome de Kleine-Levin: o que é, como diagnosticar e qual o tratamento

Já imaginou sentir a necessidade de dormir 20 horas por dia? É o que acontece com as pessoas que sofrem da síndrome de Kleine-Levin, também conhecida como síndrome da Bela Adormecida.

Se você acompanha o blog do Persono já deve ter visto que este distúrbio do sono faz parte do grupo das hipersonias, assim como a narcolepsia. Estas doenças têm como característica principal justamente a vontade incontrolável de dormir. Só que diferente da narcolepsia, que não tem cura, a síndrome de Kleine-Levin pode sumir com o tempo.

+ Leia Mais: Hipertensão noturna: o que é e qual a relação com o sono

O que é a Síndrome de Kleine-Levin

Este distúrbio do sono recebe o nome dos dois cientistas que o descobriram durante os anos 20, Willi Kleine e Max Levin. A síndrome de Kleine-Levin é rara. Estima-se que a cada um milhão de pessoas, uma ou duas sofram com a doença

A síndrome de Kleine-Levin causa episódios de sonolência excessiva que podem durar dias ou semanas. Os mais afetados costumam ser garotos na adolescência.

Sintomas da síndrome de Kleine-Levin

Além da sonolência diurna excessiva, que pode fazer a pessoa dormir por volta de 20 horas por dia, a Síndrome de Kleine-Levin tem também como sintomas:

Irritação, ansiedade e depressão – crises de depressão afetam metade dos pacientes, principalmente as mulheres. A maior parte das pessoas apresenta quadros de irritabilidade. É possível também que os pacientes fiquem ansiosos e tenham crises de pânico quando deixados sozinhos;

Distúrbios cognitivos – a maior parte dos pacientes costuma apresentar confusão e defeitos na memória, com vários relatos de amnésia. Existe também alteração da percepção da realidade, com as pessoas tendo a sensação de que estão vivendo como em um sonho;

Aumento do apetite – no geral, muitos pacientes passam a comer muito, chegando a fazer de 6 a 8 refeições por dia. Há um crescimento no interesse por doces e comidas que não seriam comuns no dia a dia. Poucos pacientes apresentam aversão a comida ou comem pouco;

Hipersexualidade – a maior parte dos pacientes que apresentam estes sintomas são garotos. A hipersexualidade envolve comentários de teor sexual, investidas sexuais indesejadas e aumento da frequência da masturbação;

Alucinações –  muitos pacientes relatam um sentimento de irrealidade (por exemplo: ambiente parecendo errado, distorcido ou irreal, como em um sonho) ou de pensamento desconectado.

Os sintomas costumam passar quando os episódios da Síndrome de Kleine-Levin terminam, com algumas exceções. Apesar de raros, é possível que exista a continuidade dos quadros de depressão e perda de memória. A duração média entre cada crise é de 6 meses.

Causas da síndrome de Kleine-Levin

As causas da síndrome de Kleine-Levin são desconhecidas, mas existem algumas hipóteses. Os cientistas levantam a possibilidade de que ela apareça por conta de infecção, problemas autoimunes, trauma físico ou distúrbio psicológico.

Existe também a hipótese de que a doença está ligada ao hipotálamo e ao tálamo, que são partes do cérebro reguladoras do sono, da fome e do comportamento sexual.

+ Leia Mais: Alucinação hipnagógica e hipnopômpica: o que são? 

Diagnóstico e tratamento para a síndrome da Bela Adormecida

O diagnóstico da síndrome de Kleine-Levin não é fácil. Não existe um teste específico que diz se a pessoa está sofrendo com a doença. É necessário relatar para o médico todos os sintomas. 

A síndrome de Kleine-Levin pode até ser confundida com narcolepsia ou sonolência excessiva, mas difere delas por não apresentar paralisia do sono, cataplexia ou distúrbios respiratórios do sono.

Não existe um tratamento efetivo para este distúrbio do sono. Tanto a família quanto os médicos acompanham o paciente no decorrer da vida. Como falamos no começo do post, este distúrbio costuma desaparecer com o passar dos anos. Também não existe tratamento que possa ser feito entre uma crise e outra.  

Boa noite!

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