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18 de abril, 2023

Enxaqueca e sono: qual a relação entre os dois?

Enxaqueca e sono: qual a relação entre os dois?

Sem hora certa para se manifestar, a enxaqueca pode atrapalhar qualquer atividade, entre elas o sono. Só no Brasil, cerca de 30 milhões de brasileiros sofrem com a doença, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. 

No mundo todo são 1 bilhão de pessoas convivendo com a enxaqueca. Você pode até não sofrer com a doença, mas é bem provável que conheça alguém que já perdeu parte do dia – ou até mesmo mais de um dia – se recuperando deste tipo de dor de cabeça. 

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O que é enxaqueca?

A enxaqueca, também conhecida como migrânea, pode ser definida como uma doença neurológica, genética e crônica que tem como principal característica uma dor de cabeça latejante. Essa dor pode se manifestar em um ou nos dois lados da cabeça. Só que este não é o único sintoma da doença. A enxaqueca pode causar

  • Sensibilidade à luz (fotofobia), a cheiros e ao barulho;
  • Náuseas e até mesmo vômitos;
  • Sintomas visuais. A pessoa pode ver pontos luminosos, escuros, linhas em ziguezague que antecedem ou acompanham as crises de dor;
  • Formigamento e dormências no corpo (conhecidas como as auras da enxaqueca);
  • Tonturas, sensibilidade a movimentos ou passar mal em viagens de carro, ônibus, barco.

É importante diferenciar enxaqueca de cefaleia (termo utilizado para se referir ao que chamamos popularmente de dor de cabeça). A enxaqueca é um tipo de cefaleia. Existem mais de 150 tipos de dores de cabeça.  

O que causa enxaqueca?

A enxaqueca tem diversos gatilhos. Em relação ao sono, ela pode ser causada pela falta de sono, incluindo insônia. Além desses dois motivos, dormir muito, demorar para pegar no sono, roncar, sentir-se sonolento durante o dia, ir dormir e acordar muito tarde são também possíveis fatores que desencadeiam a enxaqueca. Outros gatilhos são:

  • Fome (deixar de fazer refeições);
  • Estimulação em excesso dos sentidos;
  • Estresse, ansiedade, tensão;
  • Vinho tinto;
  • Alterações no humor e irritação;
  • Falta de exercícios físicos;

De acordo com o Manual MSD, alguns alimentos foram associados a enxaquecas, mas não se sabe ao certo se eles desencadeiam crises de dor de cabeça. São eles:

  • Alimentos que contêm tiramina, como queijos maturados, derivados de soja, favas, embutidos, peixe defumado ou desidratado e alguns tipos de frutas secas;
  • Alimentos contendo nitratos, como frios e cachorros-quentes;
  • Alimentos contendo GMS (glutamato monossódico), um realçador de sabor encontrado em alimentos “fast food”, caldos, temperos e especiarias;
  • Cafeína (inclusive a que está contida em chocolates).

Os estrógenos, principais hormônios femininos, também seriam responsáveis por desencadear a enxaqueca. Isso explicaria o motivo desse tipo de cefaleia ser mais frequente nas mulheres. Enxaquecas provavelmente podem surgir quando os níveis de estrogênio aumentam ou flutuam.

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Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da enxaqueca é feito por meio de análise do histórico familiar e na descrição dos sintomas que o paciente relata para o médico. O neurologista é a especialidade médica que pode diagnosticar este tipo de cefaleia. 

Alguns medicamentos podem interromper ou reduzir as dores causadas pelas crises de enxaqueca assim que elas começam. É o caso dos analgésicos. Os médicos também recomendam que quem sofre desse tipo de dor de cabeça faça intervenções comportamentais, ioga ou técnicas de relaxamento.

Buscar ter um sono de qualidade também pode ajudar a evitar crises de enxaqueca. É importante realizar uma boa higiene do sono, tendo horários para deitar e levantar. Quem sofre de enxaqueca deve procurar entender suas necessidades de sono. 

É super importante relatar para o médico em qual período do dia suas crises de enxaqueca acontecem para que ele consiga perceber se estão atrapalhando seu descanso noturno, além das atividades diárias. 

Com todos estes cuidados, você pode passar a ter boas noites e também bons dias!

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