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05 de abril, 2022
“Respeito e Responsabilidade: pratique no trânsito”. Esse foi o tema do Maio Amarelo 2021, o mês de conscientização sobre as nossas atitudes no trânsito. E ele tem tudo a ver com o sono.
Uma pesquisa de 2019 feita pela ABRAMET (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego) em parceria com o CRM e a Academia Brasileira de Neurologia indicou que 42% dos acidentes nas ruas e estradas do país são causados pelo sono. Outros 18% são resultado da fadiga excessiva.
Ou seja, dirigir com sono ou cansaço é responsável por 60% dos acidentes de trânsito no Brasil, superando os dados relativos ao consumo de álcool e drogas. Os números, porém, podem ser ainda maiores, já que em muitos casos a detecção do sono como causa do acidente pode ser difícil.
O Maio Amarelo surgiu como uma maneira de chamar a atenção da sociedade no mundo todo para os alarmantes índices de acidentes de trânsito. Por esse motivo, e assim como acontece com o Dia Mundial do Sono, a cada ano um tema diferente é escolhido para simbolizar a campanha.
A movimentação em torno deste assunto começou quando a ONU promulgou a década de 2011 a 2020 como a Década de Ação pela Segurança no Trânsito. Isso deu impulso para o surgimento do Movimento Maio Amarelo, que desde 2014 promove ações de conscientização em centenas de cidades de todo o país.
No final de 2020, a Organização das Nações Unidas reforçou o seu compromisso com o tema ao anunciar a Segunda Década de Ação pela Segurança no Trânsito, que vai se estender até 2030. Dessa vez, o objetivo é reduzir em pelo menos 50% o número de mortes e lesões causadas por veículos automotores.
Você já ouviu por aí alguém falando que estava “bêbado de sono”? Então, ela é mais do que apenas uma expressão do dia a dia. De fato a sonolência deixa no sono a mesma sensação de uma bebedeira, com prejuízos ao equilíbrio, atenção e funções cognitivas.
Aliás, o sono pode chegar a ser até mais prejudicial do que o álcool. O autor do livro Eat, Move, Sleep, Tom Rath, compara quatro horas de sono perdido ao consumo de seis latas de cerveja.
De fato, um estudo da Universidade de Dundee, na Escócia, concluiu que a privação do sono deixa o tempo de reação mais alto e reduz o controle lateral do veículo com mais impacto do que 25 microgramas de álcool.
O consumo de café não ajudou a melhorar os resultados, pelo contrário: eles pioraram.
Em resumo: não é que dormir mal e dirigir é “tão ruim quanto” beber e dirigir. Dirigir com sono é pior do que beber e dirigir.
Os efeitos do sono na direção também têm risco maior para alguns grupos. Por exemplo, no estudo escocês citado anteriormente, ficou constatado que a direção das mulheres foi menos prejudicada pela privação do sono que a dos homens.
Isso não quer dizer que elas estejam imunes aos efeitos ao dirigir com sono. Ninguém deve dirigir com sono. Isso coloca em risco o motorista, os passageiros e as demais pessoas na estrada.
De acordo com a americana National Sleep Foundation, os grupos que que têm mais riscos de cair do sono ao volante são:
Ainda há outros fatores que aumentam o risco de de dirigir com sono:
50% dos americanos admitem que já dirigiram com sono. Vale a pena repetir o dado: metade da população americana já pegou o volante (ou guidão) sem ter todos os seus reflexos em plenas condições.
É assustador.
O Persono preparou um teste para você saber se está preparado para pegar no volante ou se está com sono demais para dirigir.
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Descanse adequadamente antes de entrar no carro ou subir na moto. Você precisa de todas as suas funções cognitivas, reflexo e alerta para uma direção segura. Descanse.
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