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16 de junho, 2023

AVC e sono: qual a relação entre os dois

AVC e sono: qual a relação entre os dois

O acidente vascular cerebral, mais conhecido como AVC, é uma doença que acontece quando vasos que levam sangue ao cérebro ficam entupidos ou se rompem, causando paralisia da região cerebral afetada. Como consequência, a pessoa pode ficar incapacitada. De acordo com a Sociedade Brasileira de AVC, o acidente vascular cerebral é a segunda doença que mais mata os brasileiros e a principal causa de incapacidade do mundo.

No Brasil, a cada 1,5 minutos acontece um novo caso de AVC. A doença pode afetar pessoas de qualquer idade, mas quem tem mais de 55 anos corre mais riscos. No mundo todo, só no ano de 2019, foram contabilizados mais de 12 milhões de casos de AVC, com 6,5 milhões de óbitos. 

Apesar dos números grandes e da influência genética, é possível prevenir o acidente vascular cerebral evitando alguns fatores de risco. É importante também ficar atento aos sintomas, sendo aqui o começo da relação entre AVC e sono. A doença também deixa consequências que vão prejudicar na hora de dormir. 

O que é AVC

Como falamos no começo do post, o AVC acontece com o entupimento ou rompimento de vasos que irrigam o cérebro com sangue. Acontece que as células nervosas da região cerebral atingida acabam morrendo, fazendo com que algumas funções cerebrais sejam perdidas de forma permanente. De maneira geral, o AVC pode ser dividido em dois tipos

  • AVC isquêmico;
  • AVC hemorrágico.

AVC isquêmico

Este é o tipo mais comum de AVC, sendo responsável por 85% dos casos. Ele ocorre quando uma artéria é obstruída, impedindo que haja circulação de oxigênio para células cerebrais. Dessa forma, elas acabam morrendo. A obstrução pode acontecer por conta de um trombo (trombose) ou a um êmbolo (embolia). 

AVC hemorrágico

Já o AVC hemorrágico é responsável por 15% dos casos, porém ele pode matar com mais frequência quando comparado ao isquêmico. Este tipo acontece quando um vaso cerebral é rompido, provocando hemorragia, que pode acontecer dentro do tecido cerebral ou na superfície entre o cérebro e a meninge, que é a membrana que reveste todo o sistema nervoso e a medula.

Sintomas do AVC

Antes de falarmos dos sintomas do AVC, é importante deixar claro que caso qualquer um deles apareça em alguém próximo ou até mesmo em você, busque ajuda médica o mais rápido possível ou ligue para o SAMU (192). O acidente vascular cerebral é uma emergência médica. Os sinais de alerta para um AVC são:

  • Fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo;
  • Desvio da rima labial, com a boca torta ao falar
  • Confusão mental, alteração da fala ou compreensão, ou fala enrolada;
  • Alteração na visão (em um ou ambos os olhos, podendo causar embaçamento ou visão dupla);
  • Alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar;
  • Dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente e sem história de dor anterior.

Existem ainda alguns sintomas distintos entre o acidente vascular isquêmico e o hemorrágico. No primeiro podem existir alterações na memória e na capacidade de planejar as atividades rotineiras. A pessoa também pode ignorar objetos colocados no lado afetado pelo AVC, mantendo uma tendência a desviar a atenção visual e auditiva para o lado que não foi afetado.

Já no acidente vascular hemorrágico intracerebral podem existir náuseas, vômito e perda de consciência. Neste tipo existe ainda a possibilidade da pessoa sentir alterações nos batimentos cardíacos e na frequência respiratória. Em alguns casos, as pessoas chegam a ter convulsões.

A relação entre sono e acidente vascular cerebral

Problemas relacionados ao sono podem surgir tanto entre os sintomas de acidente vascular cerebral quanto entre as suas consequências. O fato de uma pessoa sofrer de um distúrbio do sono pode levar a um AVC. O caminho inverso também pode acontecer. 

Pessoas com casos recorrentes de AVC são mais propensas a desenvolver distúrbios respiratórios do sono, como apneia. Outro problema que pode surgir nas pessoas após um acidente vascular cerebral é a insônia. Ela pode afetar de 20 a 56% dos pacientes. Já pessoas que sofrem com parassonias, distúrbios que causam comportamento anormal durante o sono, como paralisia do sono, tem 1,5 mais chances de sofrer um AVC.

Entre os sintomas, os pacientes precisam ficar atentos à sonolência. Um estudo norte-americano feito com mulheres na menopausa concluiu que aquelas que dormiam mais de 9 horas por noite tinham mais tendência a sofrer um AVC isquêmico. A sonolência excessiva durante o dia também é um sintoma prevalente entre pessoas que sobreviveram a um acidente vascular cerebral. 

Fatores de risco e como evitar um acidente vascular cerebral

Existem alguns fatores que podem contribuir para um AVC, seja hemorrágico ou isquêmico. São eles:

  • Hipertensão;
  • Diabetes tipo 2;
  • Colesterol alto;
  • Sobrepeso;
  • Obesidade;
  • Tabagismo;
  • Uso excessivo de álcool;
  • Idade avançada;
  • Sedentarismo;
  • Uso de drogas ilícitas;
  • Histórico familiar;
  • Ser do sexo masculino.

Por outro lado, algumas atitudes que você pode tomar auxiliam a diminuir os riscos de sofrer um AVC. Cuidar do sono é uma delas. Outras atitudes tão importantes quanto são:

  • Fazer exercícios físicos regularmente;
  • Evitar o ganho de peso e a obesidade, mantendo uma dieta saudável;
  • Evitar o consumo de álcool;
  • Deixar de fumar cigarro.

Se você suspeita de que sofre com algum distúrbio do sono ou doença que pode aumentar as chances de um AVC, procure ajuda médica para realizar o diagnóstico e fazer o tratamento correto.

Boa noite!

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