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01 de setembro, 2021

Setembro Amarelo: dormir é uma ferramenta para o bem-estar mental

Setembro Amarelo: dormir é uma ferramenta para o bem-estar mental

Não é apenas fisicamente que uma pessoa descansa durante a noite, mas mentalmente também. Além de uma série de processos biológicos que só acontecem no cérebro enquanto uma pessoa dorme, as emoções também descansam. São benefícios essenciais para saúde mental e saúde emocional que só acontecem durante o sono. Para marcar o início do Setembro Amarelo não há tema mais apropriado. 

Oficialmente, o Setembro Amarelo é dedicado à prevenção do suicídio, mas o mês vem sendo usado há muito tempo para a conscientização sobre a saúde mental como um todo e para pregar o fim do estigma que tratá-la ainda tem ainda hoje na sociedade.

Dormir bem faz parte desse cuidado.

Todos os travesseiros Persono em um só lugar.

A origem do Setembro Amarelo

O setembro amarelo é brasileiro, mas nasceu do internacional “laço amarelo”, o yellow ribbon

A Yellow Ribbon Foundation nasceu em 1994 das mãos dos pais e amigos de um adolescente americano que se suicidou de maneira inesperada: Mike Emme. Mike era conhecido por suas habilidades mecânicas e por ter restaurado um carro antigo, que foi pintado por ele de um amarelo brilhante. 

Antes do funeral, seus amigos criaram pequenos cartões para distribuir, incentivando as pessoas que buscassem ajuda caso precisassem. A mensagem acabou se espalhando e em menos de três semanas a família de Mike recebeu a ligação de uma professora de outro estado, que havia recebido o cartão de uma aluna. Ela queria saber como ajudar outros adolescentes. Ligações assim começaram a ser frequentes.

Assim nasceu a fundação, que no Brasil virou todo um mês, o Setembro Amarelo, para conscientização sobre a saúde mental e a prevenção ao suicídio. 

A ONU estima que 800 mil pessoas cometam suicídio por ano. No Brasil, essa é a terceira maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. Em números absolutos, o país fica atrás apenas dos Estados Unidos. Precisamos falar mais sobre a saúde mental.

Como dormir bem influencia o bem-estar mental

Quem nunca ouviu um “vai dormir que amanhã você vai estar melhor” que atire a primeira pedra. Essa frase está certíssima.

De fato uma boa noite é necessária para que uma pessoa possa processar as suas emoções e consolidar as memórias positivas. Por outro lado, dormir mal é uma forma bastante eficaz de consolidar apenas as memórias negativas e ainda por cima enfrentar o mau humor no dia seguinte. 

Existe uma clara correlação entre o sono de baixa qualidade do sono e a tendência a apresentar sintomas mais intensos de ansiedade e raiva em seguida. 

Outro aspecto do humor diretamente por como uma pessoa dormiu é a impulsividade. Isso fica bastante evidente na dieta, por exemplo. Neste caso, a pessoa fica mais propensa a escolher alimentos muito calóricos e a buscar “recompensas” na comida por conta de alterações na atividade de avaliação de apetite no córtex frontal e no córtex insular. 

Essa mesma impulsividade aparece em outros aspectos da vida, inclusive em crianças de até 10 anos e jovens adultos, e está associada a problemas para dormir e distúrbios da saúde mental. É sempre este ciclo. 

A resposta está (em grande parte) no sono REM

É especialmente no sono REM que fica demonstrada a capacidade do sono de modular as cadeias afetivas de uma pessoa e as suas experiências, ajustando as conectividades e a reatividade no dia seguinte. Isso tudo acontece graças à neurobiologia do sono. 

Vale lembrar que o sono REM é a última etapa do ciclo do sono e que sua proporção aumenta com a progressão do sono. Enquanto no primeiro ciclo ele dura apenas 10 minutos, com o passar da noite pode chegar a até uma hora de duração. Ou seja, não é apenas dormir, é dormir as horas adequadas.

Se a arquitetura do sono sofre alguma disrupção, o processamento de informações emocionais falha. Isso não apenas mexe com o humor como está ligado com distúrbios mentais severos, incluindo o risco de ideias suicidas. 

Distúrbios do sono x saúde mental

Em termos gerais, a interação entre os distúrbios do sono e os distúrbios de saúde mental é bilateral
Dormir mal acentua os sintomas do distúrbio mental e os distúrbios do sono mental dificultam a indução e a qualidade do sono. É um círculo vicioso que precisa ser rompido o quanto antes. Por isso, tratar distúrbios do sono pode ter efeitos muito positivos no bem estar mental e vice-versa.

Dormir mal está intimamente ligado a problemas de saúde mental como ansiedade, depressão e bipolaridade.

Alguns dos distúrbios de saúde mental associados a essa bilateralidade com o sono ruim são a depressão, ansiedade, transtorno bipolar, esquizofrenia, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, distúrbios do espectro autista e estresse pós-traumático. 

Ao redor do mundo existem diversos estudos, sob diversos pontos de vista e avaliando grupos de diversas faixas etárias que demonstram esses efeitos negativos, de universitários a idosos

Nestes casos, é ainda mais importante um tratamento para resolver os dois problemas, tanto a dificuldade para dormir quanto a saúde mental e emocional. Se cuidados apenas isoladamente, o que for “deixado” de lado acaba prejudicando o primeiro e pode trazer todo o problema de volta.

Discuta sempre com seu médico ou profissional da saúde de confiança sobre o seu sono e a sua saúde mental. Eles não estão dissociados.

Continue acompanhando o blog do Persono para mais conteúdos sobre a importância do sono e da saúde mental no Setembro Amarelo. Durma bem para viver melhor.

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